Durante seminário “Frutas e Hortaliças – Por que comer mais?”, uma parceria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura no Brasil (FAO), em Brasília, o presidente João Martins, e o representante adjunto da FAO, Gustavo Chianca, falaram sobre o consumo de frutas e hortaliças e do papel que o país tem para garantir a segurança alimentar da população brasileira e mundial.
O objetivo do seminário era debater com especialistas os hábitos de consumo dos alimentos e em seu discurso o Presidente da CNA, João Martins, destacou que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas e tem peculiaridades que permitem a oferta de uma ampla variedade de produtos. “Temos que fazer um esforço para que nossa população consuma mais frutas e hortaliças e também para ocupar um lugar de mais destaque na exportação”, ressaltou Martins.
O presidente da CNA reforçou ainda “a importância das frutas e hortaliças para a garantia da nutrição, em quantidade e qualidade, e na produção sustentável de alimentos”.
O representante da FAO também ressaltou a importância das frutas, legumes e verduras na alimentação humana, mas alertou que o consumo diminuiu na pandemia. De acordo com Gustavo Chianca, 41% dos jovens brasileiros, entre crianças e adolescentes em idade escolar, deixaram de comer esses produtos nesse período, segundo dados da Unicef no Brasil.
A fome mundial foi outro problema citado por Chianca, afirmando que “o Brasil tem um papel chave na segurança alimentar no mundo, abastecendo muitos países que não têm como produzir, mas possuem recursos para comprar alimentos de países produtores”.
Quem também participou do seminário foi o oficial de Nutrição do escritório da FAO para a Mesoamérica, Israel Ríos Castilho. Ele traçou um panorama geral da disponibilidade e hábito de consumo de frutas e hortaliças no mundo, afirmando que “há quase 1 bilhão de pessoas no mundo com insegurança alimentar grave e moderada. O Brasil tem quase 50 milhões de pessoas nessa situação. Na América Latina e Caribe, esse número é de 268 milhões de pessoas”.
Para Castilho, alguns desafios precisam ser superados para promover o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras. “Um deles é a redução do desperdício de alimentos. Outro, é a redução do custo. A CNA e a FAO querem promover o aumento do consumo de frutas e hortaliças, mas também propõem uma série de ações voltadas à expansão da produção, de forma sustentável, para que haja maior disponibilidade para o mercado interno e externo”, conclui.
Por Ramáiana Leal – Com informações da CNA Brasil